Um grupo de militares do extinto Batalhão de Caçadores 8 de
Elvas, confraternizam no passado dia 12
de outubro, em Arronches, dando cumprimento uma tradição, que os reúne em
convívio, que nesta ocasião consistiu num almoço no restaurante a Estalagem e
visita ao Convento de Nossa Senhora da Luz no centro histórico de Arronches.
Tratou-se de mais uma jornada de convívio e estreitamento de
relações de amizade que se mantiveram após cada um ter cumprido o serviço
militar obrigatório, entre 1971 e 1975.
Uma amizade que se estende aos que, como militares de
carreira, desempenharam as suas funções no Batalhão de Caçadores 8.
De referir que no passado os "Militares estiveram para
Elvas como os estudantes estão ainda hoje para Coimbra".
Fecho do quartel de Elvas, numa decisão do então ministro da
Defesa, Luís Amado, no ano de 2006, acabou com quatro séculos de história
militar na cidade de Elvas.
O Regimento de Infantaria (RI) n.º 8 de Elvas, a mais antiga
unidade de aquartelamento de tropas em Portugal, fechou portas em 2006. Com o
RI encerrou também um capítulo da história do Exército português, já que foi em
Elvas que nasceu primeiro terço militar, em 1641, e o primeiro RI, em 1763.
O distrito de Portalegre ficou sem representação militar, os
fortes foram abandonados até serem transformados em espaços museológicos e o
espaço, situado junto às muralhas seiscentistas de Elvas, foi transformado no
museu militar e num hotel do Grupo Vila Galé.
"O berço dos militares foi Elvas” aqui foi feito o
primeiro quartel em Portugal, para defender a nação. Num recuo ao dia 14 de
janeiro de 1659, data em que se comemora a Batalha das Linhas de Elvas, que pôs
termo à Guerra da Restauração, no dia em que os elvenses "correram com os
espanhóis, impedindo que chegassem a Lisboa".
O último Dia da Unidade foi celebrado a 21 julho 2006 - data
em que se comemora a Batalha da Vitória, travada em território espanhol, em
1813, aquando das invasões napoleónicas, onde o Exército de Elvas participou
saindo vitorioso.
"Elvas sempre foi uma cidade com grande densidade
militar, patente na arquitetura das suas casas, basta andar pelas ruas",
para o constatar, hoje classificada pela UNESCO como uma cidade-quartel de
fronteira onde no passado coexistiam praticamente tantos militares como civis,
a cidade vive do turismo e das suas memórias e glorias passadas.
Foto/ Emílio Moitas
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