No próximo dia 15 de junho entra em vigor uma norma aprovada pela
União Europeia que protege os residentes em zonas fronteiriças do abuso das
operadoras de comunicações com a suspensão definitiva doPagamento de taxas de roaming
em chamadas telefónicas, mensagens de texto e uso de internet.
De referir que durante décadas em zonas de fronteira como
Arronches, la Codosera, Campo Maior ou Badajoz diferentes operadoras de
telecomunicações portuguesas e espanholas, fizeram a vida negra aos residentes,
que embora sem saírem do território nacional viam os seus telemóveis a
ligarem-se automaticamente a redes espanholas e portuguesas, com custos
astronómicos, o que levou estas operadoras a facturarem abusivamente milhares
de euros, sem o consentimento dos clientes, o aconteceu por exemplo a um médico
residente em Badajoz que sem se aperceber durante dois dias esteve a navegar
por Internet descarregando arquivos em casa com a tarifa de roaming, dando
origem a uma fatura de 800 euros, que depois de anos e muita luta na justiça
acabaria por não pagar.
Quanto a Internet as operadoras que tinham no roaming um
filão conseguiram que aqui sim existam limites, mas apenas para tarifas muito
altas, ou seja, alguém que tenha 25 gigas e se meta a descarregar filmes fora
do seu país, terá algum que outro problema, mas para clientes normais que
costumam usar entre 1 e 6 gigas, não existe qualquer problema. Em caso que seja
ultrapassado este limite a a operadora fica obrigada a informar o consumidor.
Em suma isto significa que todos os cidadãos da União
Europeia, podem viajar ou mudar de país dentro da União, e fazer chamadas, mandar
sms ou navegar na Internet com a tarifa habitual, sem mais custos na fatura.
Um alívio para as populações raianas que para além de
deficiente cobertura móvel em parte era mantida e consentida para facilitar as
operações de roaming, viam o seu telemóvel saltar como loco de rede em rede
inclusive sem saírem de casa em cidades e vilas do Alentejo ou da Extremadura.
Esta conquista resulta de milhares de reclamações e do
trabalho tardio da Comissão Europeia junto das operadoras de telecomunicações.
Fotos: Emílio Moitas
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