Como vem sendo habitual nos últimos anos, assiste-se a mais
uma campanha de trabalho de remoção do jacinto-de-água (Eichhornia crassipes),
que invade o rio Guadiana, junto à cidade de Badajoz.
Numa ação que visa intensificar a luta conta esta espécie
invasora, uma das mais prejudiciais para os rios da Península Ibérica, que
embora presente no Guadiana desde 2004, vem nos últimos anos proliferado de tal
forma que obrigou a intensificar os trabalhos na tentativa de erradicar ou controlar
a expansão desta planta que está a asfixiar o rio nos meses de verão.
As altas temperaturas e a escassez de chuva nos meses de
verão, são o detonante para a proliferação desta espécie originário do
Amazonas, que ao não ser controlada pode chegar a a causar danos em
infra-estruturas hidráulicas e no ecossistema fluvial de rios ou barragens.
Depois de uma década instalada no Guadiana, colonizou à
volta de 160 quilómetros do rio entre Villanueva de la Serena e Badajoz,
atingindo nos últimos anos a barragem do Alqueva em Portugal.
O jacinto-de-água, é uma planta, que em 10 ou 12 dias, em
condições adequadas ao seu crescimento, como se vem verificando este ano de
2016, acaba por dobrar a sua biomassa, atingindo o peso por metro caudado entre
11 e 51 Quilos, cobrindo as águas com um espesso manto verde de flores roxas e
amarelas, provocando uma evapotranspiração 3 ou 4 vezes superior ao normal, o
que dá origem a importantes perdas de água e uma ameaça à vida em rios e
barragens
Fotos: E. Moitas
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