terça-feira, 26 de julho de 2016

Jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) ameaça a vida aquática no Guadiana

Como vem sendo habitual nos últimos anos, assiste-se a mais uma campanha de trabalho de remoção do jacinto-de-água (Eichhornia crassipes), que invade o rio Guadiana, junto à cidade de Badajoz.

Numa ação que visa intensificar a luta conta esta espécie invasora, uma das mais prejudiciais para os rios da Península Ibérica, que embora presente no Guadiana desde 2004, vem nos últimos anos proliferado de tal forma que obrigou a intensificar os trabalhos na tentativa de erradicar ou controlar a expansão desta planta que está a asfixiar o rio nos meses de verão.

As altas temperaturas e a escassez de chuva nos meses de verão, são o detonante para a proliferação desta espécie originário do Amazonas, que ao não ser controlada pode chegar a a causar danos em infra-estruturas hidráulicas e no ecossistema fluvial de rios ou barragens.

Depois de uma década instalada no Guadiana, colonizou à volta de 160 quilómetros do rio entre Villanueva de la Serena e Badajoz, atingindo nos últimos anos a barragem do Alqueva em Portugal.

O jacinto-de-água, é uma planta, que em 10 ou 12 dias, em condições adequadas ao seu crescimento, como se vem verificando este ano de 2016, acaba por dobrar a sua biomassa, atingindo o peso por metro caudado entre 11 e 51 Quilos, cobrindo as águas com um espesso manto verde de flores roxas e amarelas, provocando uma evapotranspiração 3 ou 4 vezes superior ao normal, o que dá origem a importantes perdas de água e uma ameaça à vida em rios e barragens
Fotos: E. Moitas 



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